sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

De Melinde a Calecut


Depois de terminar a narração da História de Portugal ao Rei de Melinde, Vasco da Gama e os seus marinheiros partem, no Canto VI, para a última etapa da Viagem! 

Apesar do apoio de um piloto melindano que os guia, os obstáculos ainda não terminaram. Uma tempestade terível, desencadeada por instigações de Baco,  no Concílio dos Deuses Marinhos, põe em perigo a armada. No entanto, Vénus, sempre atenta e disponível para ajudar os portugueses, manda as Ninfas amorosas abrandarem as iras dos ventos  ... Ao mesmo tempo, Gama reza fervorosamente à Divina Guarda...


E na estrofe 92 é a chegada ao destino tão desejado:


92
Já a manhã clara dava nos outeiros
Por onde o Ganges murmurando soa,
Quando da celsa gávea os marinheiros
Enxergaram terra alta pela proa.
Já fora de tormenta, e dos primeiros
Mares, o temor vão do peito voa.
Disse alegre o piloto Melindano:
"Terra é de Calecu, se não me engano.

93
"Esta é por certo a terra que buscais
Da verdadeira Índia, que aparece;
E se do mundo mais não desejais,
Vosso trabalho longo aqui fenece."
Sofrer aqui não pode o Gama mais,
De ledo em ver que a terra se conhece:
Os geolhos no chão, as mãos ao céu,
A mercê grande a Deus agradeceu.

http://www.oslusiadas.com/content/view/23/46/

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