No regresso a Portugal ( Canto IX), os nautas deparam, no meio do Oceano, com uma ilha preparada amorosamente por Vénus e Cupido:
A Ilha dos Amores
O mito da Ilha dos Amores é contado por Luís de Camões, nos Cantos IX e X d'Os Lusíadas. Nestes cantos, é relatada a vontade da deusa Vénus em premiar os heróis lusitanos, com um merecido descanso e com prazeres divinos, numa ilha paradisíaca, no meio do oceano, a Ilha dos Amores. Nessa ilha maravilhosa, os marinheiros portugueses podiam encontrar todas as delícias da Natureza e as sedutoras Nereidas, divindades das águas, irmãs de Tétis, com quem se podiam alegrar em jogos amorosos. Durante um banquete oferecido aos Portugueses, a ninfa Sirena canta as profecias sobre a gente lusa que incluem as suas glórias futuras no Oriente. Em seguida, Tétis, a principal das ninfas, conduz Vasco da Gama ao topo de um monte "alto e divino" e mostra-lhe, de acordo com a cosmografia geocêntrica de Ptolomeu, a "máquina do mundo", uma fábrica de cristal e ouro puro, à qual apenas os deuses tinham acesso, e que se tornou também num privilégio para os Portugueses. Tétis faz a descrição da máquina do mundo e prediz feitos valorosos, prémios e fama ao povo português. Depois do descanso merecido, os Portugueses partem da ilha e regressam a Lisboa.
O mito da Ilha dos Amores, narrado por Camões, é fruto da sua imaginação, quer povoada dos lugares maravilhosos onde as suas viagens o levaram, quer influenciada pelas míticas ilhas da literatura grega ou de outras lendas árabes e indianas. A moral pagã opõe-se aqui à moral cristã, da mesma forma que os novos ventos da mudança do renascimento de inspiração grega se opõem às limitações e ao pensamento medíocre da Inquisição.
Neste episódio simbólico da Ilha do Amores, Camões tenta imortalizar os heróis lusitanos que tão grandes façanhas fizeram em nome de Portugal.
O mito da Ilha dos Amores, narrado por Camões, é fruto da sua imaginação, quer povoada dos lugares maravilhosos onde as suas viagens o levaram, quer influenciada pelas míticas ilhas da literatura grega ou de outras lendas árabes e indianas. A moral pagã opõe-se aqui à moral cristã, da mesma forma que os novos ventos da mudança do renascimento de inspiração grega se opõem às limitações e ao pensamento medíocre da Inquisição.
Neste episódio simbólico da Ilha do Amores, Camões tenta imortalizar os heróis lusitanos que tão grandes façanhas fizeram em nome de Portugal.
A Ilha dos Amores. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-02-11].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$a-ilha-dos-amores>.
Concorda integralmente com este texto?
Camões pretenderia mesmo opor a moral cristâ e a moral pagã?
Este episódio não servirá também para desmistificar o recurso à mitologia pagã, apresentada aqui como simples ficção, útil para “fazer versos deleitosos” ?
O Episódio não terá como objectivo a divinização do povo português que deste modo adquire a imortalidade, prémio a que aspira todo o ser humano?
Poderemos afirmar que é o amor que conduz os portugueses à imortalidade ?
Que amor?
Seria o amor físico ou material, ou o amor desinteressado, o amor da pátria, o amor ao dever, o empenhamento total nas tarefas colectivas, a capacidade de suportar todas as dificuldades, todos os sacrifícios e a capacidade para ultrapassar todos os obstáculos?...
É esse amor que manifestam Gama e os seus marinheiros ... É esse amor que permite a tantos heróis libertarem-se da “lei da morte”.
O QUE REPRESENTA PARA SI A ILHA DOS AMORES?
Nenhum comentário:
Postar um comentário